No DEBATE UM, Maria Cristina Rizzoli desenvolve o artigo com
o título: Leitura com letras e sem letras na Educação Infantil do norte da
Itália. Nesse artigo Maria Cristina traz a experiência da rede pública de
educação infantil da cidade de Bolonha, no norte da Itália com livros e
crianças pequenininhas. Segundo a autora os pedagogos e educadores de
Bolonha assumiram a importância do livro para a criança e, essa atitude
deu indicativos ao município de Bolonha para a iniciativa de um trabalho,
no qual, são exploradas as várias possibilidades que o livro oferece.
No DEBATE DOIS, Suely Amaral Mello desenvolve o artigo
com o título: O processo de aquisição da escrita na Educação Infantil. A
autora parte da idéia de que muito do trabalho que se tem desenvolvido
com as crianças na educação infantil e no ensino fundamental, sobretudo,
no que se refere a aquisição da escrita, carece de uma base científica,
assim, busca nos estudos e conhecimentos de Vygotsky essas
contribuições. Sugere que, com os novos conhecimentos sobre os
processos de desenvolvimento das crianças, busque-se uma inversão no
processo de contaminação que até hoje tem sido predominante e
passemos a “[...] deixar contaminar o ensino fundamental com atividades
que julgamos típicas da educação infantil” (p. 24).
No DEBATE TRÊS, Melissa Cristina Asbahr discute os livros de
auto-ajuda para crianças. O artigo intitula-se: Lá vem a história, e a autora
traz para discussão a ideologia contida nesse tipo de literatura a qual,
transpõe questões de origem social, política ou estruturais à explicações
psicológicas. Melissa salienta que uma das características marcantes
dessa literatura é que são “[..] permeados pelo discurso neoliberal, os
textos de auto-ajuda incentivam concepções individualistas que tendem a
culpabilizar as pessoas por tudo que lhes acontece na vida” (p. 43).
No DEBATE QUATRO, Heloísa Helena Pimenta Rocha traz
análises dos discursos e práticas que, intentaram fazer da criança objeto
de intervenção higiênica e disciplinar, sendo o título de seu artigo: A
Higienização da infância no “século da criança”. O presente artigo
desenvolve uma significativa contribuição para a compreensão da história
da educação infantil, no qual a autora interroga acerca das representações
produzidas pelos médicos-higienistas brasileiros sobre as crianças
pequenas e sua educação.
No DEBATE CINCO, Mônica Appezzato Pinazza traz o artigo: Os
pensamentos de Pestalozzi e Froebel nos primórdios da pré-escola oficial
paulista: das inspirações originais não-escolarizantes à concretização de
práticas escolarizantes. A autora aborda nesse artigo dados históricos do
processo de implantação da educação pré-escolar em instituições oficiais
no Brasil e, mais especificamente no estado de São Paulo, ocorridos no
final do século XIX e início do século XX. Em sua análise focaliza as
configurações das práticas educativas para a faixa etária da pré-escola
que, sofreram influência da pedagogia de Froebel, bem como das escolas
primárias brasileiras que, receberam influência da pedagogia de
Pestalozzi.
No DEBATE SEIS, Zeila de Brito Fabri Demartini encerra este
volume com o artigo: Relatos orais sobre a infância e o processo de
alfabetização. Nesse artigo a autora privilegia os relatos orais de
professores/as sobre a infância e sobre o processo de alfabetização no final do século XIX e primeiras décadas do século XX. Através dos relatos orais a autora descreve como estes/as professores/as representam a infância e o que contam sobre os jardins-de-infância, sobre as escolas e sobre como se viam como alfabetizadores/as.
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